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Quando não se aplica o “Tratado de Tordesilhas”, (Primeira parte)

A posse de "Capitanias Hereditárias" por "Donatários", e muito menos o emprego de "Capitães do Mato"

Tratado de Tordesilhas:
Este tratado foi um acordo internacional assinado na povoação castelhana de Tordesilhas, em 7 de junho de 1494, celebrado entre Portugal e Espanha, para “dividir as terras descobertas e por descobrir” por ambas as Coroas, fora da Europa.

Capitanias Hereditárias e Donatários:
Consistiam basicamente na divisão do território português, estipulada pelo Tratado de Tordesilhas, em faixas de terra, que seriam entregues a Donatários, os quais seriam responsáveis pelo povoamento da Capitania, sua exploração econômica, e consequentemente, o retorno financeiro ao rei, evidentemente!! 

Capitão do Mato:
No Brasil, o Capitão do Mato foi o diligente serviçal de um Donatário, encarregado de capturar índios e/ou escravos fugitivos das capitanias. Algumas vezes, o Capitão do Mato era o próprio Donatário. 

Fundamentos desta matéria:
“Para o louco, o sábio e sonhadores, que acreditam em coisas óbvias quando elas ainda são consideradas impossíveis, inimagináveis para pessoas normais” Nibiru 

Sugestão de releitura:
O mito fora da caverna. Do Trilobita via Coacervado passando pelo humanoide simiesco. De Platão a Gilmar e Ói…nóis…aqui…gennnte…
https://www.agazetadelavras.com.br/o-mito-fora-da-caverna-do-trilobita-via-coacervado-passando-pelo-humanoide-simiesco-de-platao-a-gilmar-e-oi-nois-aqui-gennnte/

 O planeta Terra é único no universo, e não está dividido ao meio por uma linha imaginária, semelhante ao Tratado de Tordesilhas, devido a um suposto acordo tácito entre dois deuses concorrentes, a saber: o bem e o mal. 

Por conseguinte, estes dois deuses, jamais fatiaram em Capitanias Hereditárias (sociedades, clubes, grupos, igrejas, seitas e religiões) para Donatários (líderes, fundadores, missionários, pregadores, religiosos e políticos), as suas respectivas metades de territórios. 

Assim, esses Donatários nunca foram autorizados a credenciar Capitães do Mato (comensais, convivas e parasitas), ou mesmo a si próprios, para arrebanharem terráqueos comuns, que financiem a libertação de reinos supostamente dominados por legiões de demônios rebeldes ou espíritos** malignos infernais, ou mesmo a manutenção de áreas, também, supostamente habitadas por plêiades de espíritos** benignos ou anjos. 

Mas, porém, todavia e contudo, como os deuses, anjos e demônios, são todos reconhecidamente imateriais, ou seja, espíritos**, percebe-se uma propaganda proselitista bem espetaculosa e nada suposta, por parte dos atuais Donatários e Capitães do Mato. 

Trata-se de feroz tentativa, para arrebanharem financiadores e contribuintes terráqueos, em seus discutíveis e suspeitos propósitos de obtenção de bençãos para os “fieis”, através de espetáculos circenses de curas e milagres espetaculares, transmitidos ao vivo e em cores. 

Ou seja, querem que nós, os pobres mortais de carne e ossos, que vivemos aqui e agora, como simples habitantes terráqueos, passemos a viver como supostamente se vive nos reinos etéreos, localizados nos espaços siderais alhures. 

Mas, contudo, contribuindo sistematicamente com “grana” bem material ($$), para manter suas Capitanias e evitar-se o maligno e seus efeitos, quando deveriam, em função do que pregam, dar o exemplo de “ajuntar-se tesouros no céu“.
“Aquilo que você faz fala tão alto, que eu não consigo ouvir o que você diz”. Ralph W. Emerson 

São exatamente esses Donatários que promovem, e/ou seus Capitães do Mato, que executam, e que na verdade são “lobos com peles de ovelhas“, que vendem curas milagrosas, livramentos, prosperidades, benesses divinas, exorcismos e salvação eterna, em suaves prestações mensais, pagas em carnês (agora Pix também), ou através de doações e ofertas alçadas diretas no caixa da “obra divina“. 

Uma de suas principais doutrinas é “desafiar” fiéis a fazerem doações para que obtenham o milagre que desejam, sendo que, Buscar o reino de Deus e sua justiça e todas as outras coisas serão dadas por acréscimo“, e/ou “dar de graça o que de graça recebeste”, para eles, nem pensar!!!
Esquece…apaga. E nada de peg pag, mas sim, pag e peg!! 

Exemplo que eu mesmo vivenciei:
-Sô Zé, por que o Sr. não tem televisão na sua casa??!!
-Porque minha religião não permite.
-Mas seu líder comunitário tem televisão na casa dele.
-Ele pode, porque ele é homem consagrado.
-Ah!!!! Entendi!!! 

É como se Martim Afonso de Souza, ao receber a Capitania Hereditária de São Vicente, com base no Tratado de Tordesilhas, quisesse que os índios e colonos residentes, passassem financiar a guarda da Capitania pelos Capitães do Mato, que protegerá “quem for fiel ($$)”, dos espíritos** malignos e seus feitos maléficos, com ações milagrosas espetaculares. 

(**) Esclarecimento:
Desejo esclarecer que, nesta matéria, a palavra espírito** é apenas para designar todos os proclamados e decantados seres imateriais autônomos, em suas manifestações com relação à materialidade carnal do corpo físico. 

Portanto, “espírito**“, aqui, poderia ser também: Alma, spiritus, eu, core, soul. Ou até mesmo, eventualmente: Ātman, néfesh, psykh, psykhe, pneuma, anima, ruach, neshama, nephesh e neshama. 

Acontece que eu não sou um espírito** (spiritus, alma, eu, core, soul. atman, néfesh, psykh, psykhe, pneuma, anima, ruach, neshama, nephesh e neshama). Embora racional, eu sou apenas um animal mamífero de carne e ossos da espécie homo sapiens sapiens, e não habito alhures. Habito neste palpável planeta Terra, como mais um simples e modesto terráqueo. 

Embora seja um animal mamífero racional, tenho estado consciencial reconhecido. Portanto, consigo pensar, fazer perguntas e procurar respostas, incessantemente, e assim, posso identificar perfeitamente, “picaretas e canastrões“, em geral. 

Mas, como sempre, quando fazemos perguntas ou questionamos os novos Donatários e Capitães do Mato, eles inventam uma resposta qualquer de caráter mitológico extratosférico, e atribuem-na à inspiração divina, para eliminar-se qualquer possibilidade de questionamentos. 

Afinal, negar dinheiro à “obra“, é passível de castigo divino e condenação eterna. E é blasfêmia, pecado mortal, questionar a deus, ou até mesmo a Deus. 

Sugestão de revisão:
“Diálogos fortuitos entre o mito e a filosofia, mediados pelo simulata pensador e pretentious philosophus Gylvaresthamar (Segunda parte)”:
https://www.agazetadelavras.com.br/dialogos-fortuitos-entre-o-mito-e-a-filosofia-mediados-pelo-simulata-pensador-e-pretentious-philosophus-gylvaresthamar-segunda-parte/

 Continua nos próximos posts. 

(Acessem as crônicas anteriores, clicando na franja “Blogs e Colunas“, acima do título da matéria atual. Em seguida, pode-se clicar na franja “Próxima página>“, no rodapé da página aberta, para continuar acessando-se mais crônicas anteriores).

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