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Responsabilidade Socioambiental da Universidade. Como será o mundo após a pandemia de Covid-19, sendo que já sofre duramente com o aquecimento global?


Além do aquecimento global e depois dessa
brutal pandemia do Covid-19, haverá outra não menos brutal. Aquela do recrudescimento da fome e da miséria nos países mais pobres do mundo.

Os problemas com a escassez de alimentos básicos e fundamentais atingirão níveis catastróficos, e suas consequências econômicas / socioambientais serão imprevisíveis, e certamente, dramáticas e assustadoras.

Haverá recrudescimento da violência em geral, das guerras e revoltas, do tráfico de armas e de drogas e das tentativas de imigrações desesperadas para os países ditos desenvolvidos. O êxodo e as migrações através de marchas desordenadas das populações famintas, serão inevitáveis.

Acontece que, a Agroecologia e suas “Tecnologias Socioambientais Sustentáveis” como: Compostagem, Biofertilização e Biopesticidas, poderão produzir alimentos em qualquer lugar do planeta, inclusive em desertos, com muita rapidez e “custos quase zero“.

Concomitantemente à essa produção imediata de alimentos, haverá a geração de emprego e renda dignos, nas comunidades envolvidas, fixando-se o trabalhador no campo e evitando-se o êxodo rural desordenado.

Com esse objetivo, o NEAPE/DEA/UFLA (Núcleo de Estudos em Agroecologia, Permacultura e Extensão Universitária Inovadora, do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Lavras), oferece a todos os interessados em nível mundial, parcerias com capacitações participativas voluntárias e orientações subsequentes permanentes.

Contamos com o apoio da “ONG-Engenheiros Sem Fronteiras-Núcleo Lavras”: ( https://esf.org.br/nucleo-lavras/ ).
A ONG/ESF/NL, assim como o NEAPE, é outra entidade acadêmica de voluntários socioambientais, da qual participei da criação e fui o primeiro coordenador.

As capacitações envolvem também, as questões relativas ao associativismo/cooperativismo e armazenamentos racionais de colheitas, abrangendo a conservação econômica de excedentes e o desenvolvimento de alimentos alternativos com produtos da agricultura familiar, tradicionalmente descartados.

Aliás, às questões coligadas à Segurança Alimentar, uma atenção especial, com nossa proposta socioambientalmente correta e inovadora de “Merenda Escolar com Produtos da Agricultura Familiar, Obtidos de Maneira Agroecologicamente Sustentável“.

São fundamentos de nossas propostas para as “Tecnologias Socioambientais Sustentáveis da Agroecologia“:

Economicamente viável;
Ecologicamente correto;
Socialmente justo;
Culturalmente adequado;
Tecnologicamente apropriado e
Cientificamente comprovado.

Conheça o NEAPE/DEA/UFLA, e suas propostas socioambientais sustentáveis da Agroecologia. Acesse: https://youtu.be/jGlSWoRZeQw

Também, são fundamentos:
Em 2014, a ONU decretou solenemente:”2014-Ano Internacional da Agricultura Familiar“. Para esta decisão tardia, justa e histórica, em um mundo que já sofre com o aquecimento global, considerou:

1) Os pequenos produtores administram mais de 80 por cento dos estimados 500 milhões de pequenas propriedades agrícolas do mundo e fornecem mais de 80 por cento dos alimentos consumidos em grande parte do mundo em desenvolvimento, contribuindo significativamente para a redução da pobreza e segurança alimentar. Ainda assim, os pequenos agricultores frequentemente vivem em locais remotos e ambientalmente frágeis e geralmente fazem parte de populações marginalizadas e privadas de direitos;

2) Os pequenos produtores são uma parte vital da comunidade agrícola global, embora sejam frequentemente negligenciados;

3) A produtividade dos pequenos produtores, em particular, depende do bom funcionamento dos ecossistemas;

4) Com as condições certas, os pequenos produtores poderão estar na vanguarda de uma transformação na agricultura mundial, porque o crescimento da produção agrícola para atender às crescentes necessidades globais, com as práticas agrícolas prevalecentes, é insustentável. Uma transformação, torna-se necessária.

Como sempre acreditei que:
A paz justa, duradoura e definitiva, só será possível com a produção constante, sistemática e suficiente, de alimentos básicos e fundamentais para as populações em geral“. (Prof. Gilmar Tavares).

E, também, que:
Um país só poderá ser forte, poderoso, independente e soberano, se e somente se, produzir o seu próprio alimento e não depender de outros para alimentar-se“. (Prof. Gilmar Tavares).

Afirmo categoricamente que:
Problemas socioambientais, como, fome, miséria, desnutrição, poluição, epidemias, pandemias, aquecimento global etc…só poderão ser definitivamente resolvidos com Ciência e Tecnologia, e não apenas com política, como secularmente, e, comodamente, se acredita“.
(Prof. Gilmar Tavares).

Portanto, as universidades precisam entender, finalmente, que, têm que assumir seu papel de Responsabilidade Social imediatamente, e que a ciência existe para melhorar a vida das pessoas e a proteção do meio ambiente, e não apenas para publicar trabalhos científicos.
A Agroecologia é uma forma viável de atingir a esses objetivos, pois alia o conhecimento popular consagrado, à ciência moderna e avançada;

Paz definitiva, somente com a produção de alimentos básicos e fundamentais para todas as populações. As pessoas precisam de comida!!
O fim dos deslocamentos das multidões pobres e miseráveis e dos campos de refugiados desumanos e cruéis, só será possível com a produção regular de alimentos básicos e fundamentais para todos. As pessoas precisam de comida!!

Isto posto, tenho divulgado em nível nacional e internacional o seguinte:
Responsabilidade Socioambiental da Universidade

“Considerando-se que, é impossível ser feliz, enquanto houver uma criança ou pessoas passando fome na face da Terra, e que a ciência pode e deve fazer a diferença, conforme já apregoava Bertold Brecht em 1938 na Alemanha: “Eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a miséria da existência humana;

Considerando-se que, é completamente errado dizer-se que estes problemas só poderão ser resolvidos com a política secular tradicional, ou seja, todos os problemas socioambientais poderão ser perfeitamente identificados, enfrentados e solucionados com ciência e tecnologia.

Nestes termos, as universidades poderão contribuir, desenvolvendo ciência focada nas necessidades das comunidades, em seus programas de pesquisas e de pós graduações, e em seguida, transformando-a (ciência) em tecnologias culturalmente adequadas, em seus programas de extensão universitária participativa.

Por exemplo: se houver fome, é necessário produzir-se alimentos básicos e fundamentais todos os dias, e não apenas durante um determinado momento de crise. Este alimento nutritivo, deverá ser balanceado cientificamente, para garantir um crescimento eficiente, principalmente das crianças.

Os programas de extensão universitária inovadora poderão orientar as comunidades, em programas de segurança alimentar, com produtos da agricultura familiar, obtidos de maneira agroecológica, aplicados à merenda escolar.

Lembramos que a cômoda doação de alimentos (Food Donations) através de cestas básicas, é importante no primeiro momento de crise, mas, ao longo do tempo, torna-se extremamente humilhante para quem não quer ser pária na sociedade, e deseja trabalhar para conseguir seu próprio sustento e de sua família, dignamente.

Concluímos que as universidades poderão aplicar parte de seu orçamento nessa finalidade específica, e os pesquisadores usarão parte do tempo, na busca de soluções cientificamente comprovadas. Assim, essas pesquisas farão parte da política oficial da universidade, cumprindo o papel de responsabilidade social da universidade”. 

Algumas notícias extensionistas exitosas sobre a atuação do “NEAPE/DEA/UFLA” na área de Agroecologia, ao redor do mundo:

Exposição “Agricultura Familiar no Brasil, África e Ásia” estará no Museu Bi Moreira. Confira matéria da TVU | Arquivo de notícias DCOM UFLA
http://www.ufla.br/dcom/2016/01/14/exposicao-sobre-a-agricultura-familiar-no-brasil-africa-e-asia-estara-no-museu-bi-moreira-ate-192/

“Projeto Vozes da África” lança informativos técnicos extensionistas em idiomas vernaculares africanos (swahili, lingala e kikongo), acompanhados de versões em português, inglês e francês). Publicações estão disponibilizadas no Repositório Institucional da Biblioteca/UFLA
https://ufla.br/noticias/internacionalizacao/13927-vozes-da-africa-lanca-informativos-em-idiomas-africanos-publicacoes-estao-disponiveis-no-repositorio-ufla 

Conhecimento compartilhado. Comunidade africana encontra solução contra pragas por meio da Agroecologia
http://www.ufla.br/dcom/2016/08/12/conhecimento-compartilhado-comunidade-africana-encontra-solucao-para-praga-por-meio-da-agroecologia/

UFLA e Organização Fraternidade sem Fronteiras articulam parceria para capacitação em Moçambique
https://ufla.br/arquivo-de-noticias/10013-ufla-e-organizacao-fraternidade-sem-fronteiras-articulam-parceria-para-capacitacao-em-mocambique 

UFLA DOA LIVROS E PUBLICAÇÕES A INSTITUTO PARCEIRO DE MOÇAMBIQUE
https://www.ufla.br/dcom/2017/06/02/ufla-doa-livros-e-publicacoes-a-instituto-parceiro-de-mocambique/

PROJETO VOZES DA ÁFRICA: DIFERENTES ATORES DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA COLABORAM PARA O AVANÇO DE AÇÕES HUMANITÁRIAS EM MOÇAMBIQUE
http://www.ufla.br/dcom/2017/08/10/projeto-vozes-da-africa-diferentes-atores-da-comunidade-universitaria-colaboram-para-o-avanco-de-acoes-humanitarias-em-mocambique/

UFLA PROPÕE AÇÕES DE RECUPERAÇÃO DE NASCENTES PARA MOÇAMBIQUE
http://www.ufla.br/dcom/2017/05/05/ufla-da-inicio-a-projeto-de-recuperacao-de-nascentes-em-mocambique/

Proposta para criação de curso em nível de mestrado, objetivando a formação extensionista inovadora em Agroecologia na África
http://www.ufla.br/dcom/2017/11/21/projeto-vozes-da-africa-amplia-atuacao-em-mocambique/

Vozes da África agora na Guiné-Bissau: primeiras iniciativas do projeto já estão em curso
https://ufla.br/noticias/extensao/13356-vozes-da-africa-agora-na-guine-bissau-primeiras-iniciativas-do-projeto-ja-estao-em-curso

Projeto de extensão no Afeganistão fecha 2019 com 3 mil hortas domésticas implantadas
https://ufla.br/noticias/extensao/13463-projeto-de-extensao-no-afeganistao-fecha-2019-com-3-mil-hortas-domesticas-implantadas

Projeto de extensão em Paquistão:
https://ufla.br/noticias/extensao/12884-projeto-vozes-da-asia-coordenado-por-professor-da-ufla-chega-ao-paquistao

Projeto de extensão em Myanmar:
Governos aprovam Projeto Vozes da Ásia – professor do DEG/UFLA é participante – UFLA – Universidade Federal de Lavras 

Encerre, mestre Paulo Freire:
Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, o homem moderno está esmagado por um profundo sentimento de impotência que o faz olhar fixamente e, como que paralisado, para as catástrofes que se avizinham. Por isso, desde já, saliente-se a necessidade de uma permanente atitude crítica, o único modo pelo qual o homem realizará sua vocação natural de integrar-se, superando a atitude do simples ajustamento ou acomodação, apreendendo temas e tarefas de sua época“.

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