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II-Estaria um vírus brasileiro a caminho??!!

Agroecologia: uma alternativa eficaz para evitar novas pandemias (Terceira parte)

Dando-se continuidade ao que foi desenvolvido na matéria anterior, intitulada:

I-Estaria um vírus brasileiro a caminho??!!
Agroecologia: uma alternativa eficaz para evitar novas pandemias”  (Segunda parte)
https://www.agazetadelavras.com.br/estaria-um-virus-brasileiro-a-caminho/

Sempre fundamentando cientificamente, tudo o que será dito nesta matéria e nas próximas, e assim, evitar-se debates ideológicos inúteis, estúpidos, idiotas e imbecis, recordemos o último parágrafo da matéria anterior:

“4- Lembrem-se sempre de que: proteger, cuidar, conservar e preservar a natureza, o meio ambiente, os ecossistemas, os biomas e todas as biodiversidades é contribuir para a vida sem pandemias. E, já são amplamente conhecidas e temidas, as doenças recorrentes, desencadeadas devido ao descuido, descaso e predações ambientais:

 

4.1- Doenças transmitidas pelo ar contaminado:
Asma. Rinite. Pneumonia. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Tuberculose. Câncer de pulmão. Intox. Exógena.
4.2- Doenças transmitidas pelo solo contaminado:
Ancilostomíase. Ascaridíase. Larva migrans. Tétano. Tungíase. Esporotricose. Paracoccidioidomicose.
4.3- Doenças transmitidas pela água contaminada:
Diarreia por Escherichia coli. Amebíase. Cólera. Leptospirose. Disenteria bacteriana. Hepatite A. Esquistossomose. Febre tifoide. Ascaridíase. Rotavírus. Toxoplasmose. Intox. Exógena”.

E, para continuar focado com nossa linha de raciocínio, também recordemos mais uma vez, este importante parágrafo já citado anteriormente:

As contínuas e crescentes agressões ao meio ambiente nativo, causadas pelo desenvolvimentismo lucrativo inconsequente, unicamente comercialista – tais como desmatamentos, queimadas, garimpos, mineração, poluição das águas, exploração imobiliária, adoção de monoculturas e pastagens extensivas, exploração de grutas e cavernas, e outras ações humanas predatórias – fazem com que aqueles animais silvestres, hospedeiros naturais dos vírus, com quem sempre conviveram equilibradamente, tenham seus predadores diminuídos e, até mesmo, extintos”. 

É o que classifiquei de “Delinquência Socioambiental“, uma vez que o “efeito estufa e o aquecimento global” são desencadeados pelas mesmas depredações ambientais, estimulando-se, então, uma triangulação mortal:

< delinquência socioambiental <–> aquecimento global <–> pandemias >

Após todas estas explanações, e considerando-se que, em nível de efeito estufa e aquecimento global, o tema está amplamente disponível nas mídias socioambientais especializadas, concentraremos nosso foco de inquietações e preocupações, na temática das novíssimas correlações das questões de degradações ambientais com as pandemias.
Com esse objetivo, conclamamos a tod@s a raciocinarem o seguinte:

1-Quais são os vírus já catalogados na Amazônia?
2-A probabilidade de se encontrar novos vírus (não catalogados) na Amazônia é significativa ou desprezível?
3-Que dizem os cientistas, especialistas e pesquisadores?
4-Como a Agroecologia pode contribuir com o propósito de se evitar novas pandemias, considerando-se a questão socioambiental?

Na minha opinião de professor universitário aposentado, agora extensionista agroecologico voluntário, atento às questões econômicas/socioambientais/culturais, correlatas à saúde pública, via Agroecologia, e não coligado a nenhuma ideologia político partidária e/ou grupos ideológicos, afirmo:
Sim, infelizmente, temo que um vírus pandêmico brasileiro, já esteja a caminho!!” 

Pelas razões do que foi exposto até agora, afirmo que, se o Brasil continuar com este nível de depredação ambiental, particularmente da Amazônia, brevemente teremos sim, uma nova pandemia, e pior, gestada neste bioma. Tomara que esta nova pandemia não esteja sendo gestada no coração da Amazônia, com as sistemáticas e irresponsáveis agressões comercialistas àquele bioma tão sensível, através de desmatamentos, queimadas e minerações predatórias.

Se a Amazônia é considerada o habitat natural da maior diversidade de vírus do mundo
(muitos ainda geneticamente desconhecidos), que sempre sobreviveram em perfeita harmonia (hospedados) com a flora e fauna nativas dos ecossistemas naturais e residentes (hospedeiros), sem nenhum problema de coexistência infecciosa”. Pergunta-se:

1ª-Para onde migrarão os hospedeiros naturais destes vírus, expulsos sumariamente com a destruição dos seus habitats nativos?
R:-Evidentemente para as comunidades, lugarejos, vilas e cidades, e/ou seus arredores, onde, provavelmente, não encontrarão predadores suficientes para controlar-lhes a própria proliferação.

Isso significará também, a proliferação descontrolada dos vírus hospedados, que por sua vez, primeiramente, desencadearão mutações genéticas para se adaptarem à nova realidade ambiental, mas devido às super populações, tenderão a buscar outros hospedeiros mais próximos, ou seja, as pessoas.

Em tempo real, afirmo que o foco das preocupações, encontra-se, atualmente, nos animais hospedeiros de vírus, por razões óbvias. Porém, brevemente, as preocupações se estenderão, também, para as plantas hospedeiras e respectivas simbioses virais e suas mutações genéticas. Aguardem, e só questão de tempo!!!
A minha referência para esta afirmação ousada e audaciosa está no advento dos transgênicos.

Lembrem-se de que, os transgênicos são plantas, animais e micro-organismos, modificados geneticamente, via alteração induzida artificialmente do código genético natural. Ou seja, tiveram inseridos propositalmente em seus organismos naturais, os genes proveniente de outro organismo natural. Esse procedimento pode ser feito até mesmo entre organismos naturais de espécies diferentes, como a inserção projetada de um gene de um vírus, em uma planta, por exemplo.

Quanto a transgenia por Engenharia Genética, e a criação inusitada de novos organismos vivos, como outros vírus, deixaremos para uma próxima oportunidade.

2ª-Como serão as mutações genéticas dos novos vírus hospedados? E se hospedarem-se nos seres humanos, como o Coronavírus fez, que acontecerá?
R: Ninguém sabe!! Mas sabe-se que, será uma nova pandemia. Infelizmente!!

3-Previsão que espero errar completamente:
Alguns animais (até mesmo plantas), hospedeiros naturais de algum tipo de vírus (conhecido ou desconhecido), serão expulsos do bioma nativo, devido à “delinquência socioambiental“, atualmente em escala crescente.

Para sobreviverem, procurarão adaptar-se à algum novo habitat, que poderá estar nos nossos arredores. Incluem-se então: terrenos baldios, comunidades e bairros sem saneamento básico, margens desmatadas de rios e ribeirões poluídos, lixo acumulado e lixões a céu aberto, ou, até mesmo, nossas próprias casas, via nossos quintais, jardins, telhados e lajes. Isso será facilitado pela ausência de predadores suficientes.

Os vírus hospedados acompanharão os seus hospedeiros (de carona) e buscarão rearranjarem-se também, em suas novas realidades, através de simples mudança de comportamento simbiótico, ou, mutações genéticas ainda desconhecidas.
As novas realidades destes vírus, poderão continuar sendo os respectivos hospedeiros originais, ou, pior, devido à super população, migrarem para outros animais, atuais residentes no elegido novo habitat.

Se os atuais residentes forem mosquitos, ratos, baratas, vermes e insetos perniciosos, eles passarão a ser vetores de doenças, como os mosquitos contaminados são para Zika, Dengue, Chikungunya, Malária, Febre Amarela e Leishmaniose.

Se os vírus adaptarem-se geneticamente em seres humanos, teremos então as pandemias, como os casos de Ebola, Aids e a recentíssima Covid-19.

Na Amazônia, caso esta desgraça anunciada, infelizmente aconteça, os primeiros infectados serão os mineradores ilegais, que trabalham em condições sanitárias insalubres, causadas pelas próprias degradações ambientais que eles mesmos provocam.

Certamente, procurarão socorro nos postos médicos das comunidades mais próximas, contaminando-as também!! A partir daí, já sabemos, via Covid-19, a sequência pandêmica que se instala e como se prolifera.

Mas, e a Agroecologia, como poderá atuar na prevenção desta desgraça anunciada?

Considerando-se que, para impedir o surgimento de novas doenças, endemias, epidemias e pandemias, a preservação socioambiental sustentável dos Ecossistemas e seus Biomas naturais e nativos, é fundamental e indispensável. Afirmação referendada pela própria ONU, quando afirma categoricamente em:

“Relatório da ONU defende abordagem que une saúde humana, animal e ambiental para evitar futuras pandemias”.
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/relatorio-da-onu-defende-abordagem-que-une-saude

1-Os autores do relatório identificaram a abordagem da “One Health” (abordagens interdisciplinares), que une conhecimentos em saúde pública, veterinária e ambiental, como o melhor método para prevenir e responder aos surtos de doenças zoonóticas e pandemias;

2-Incentivam práticas de gestão sustentável da terra, com alternativas para garantir a segurança alimentar e meios de subsistência, que não dependam da destruição dos habitats e da biodiversidade;

3-Apoiam o gerenciamento sustentável de paisagens terrestres e marinhas, a fim de ampliar a coexistência sustentável entre agricultura e vida selvagem.

Portanto, considerando-se que, as “Tecnologias Socioambientais Sustentáveis da Agroecologia” são: Economicamente viáveis. Ecologicamente corretas. Socialmente justas. Culturalmente adequadas. Tecnologicamente adaptadas e Cientificamente comprovadas.

Concluímos em tempo real que, realmente, a Agroecologia e a Agricultura Familiar são os caminhos seguros para apoiar essa finalidade de saúde pública, porque são socioambientalmente corretas e sustentáveis.

Continuaremos na próxima semana. Não percam.

(Acessem as crônicas anteriores, clicando na franja “Blogs e Colunas“, acima do título da matéria atual. Em seguida, pode-se clicar na franja “Próxima página >“, no rodapé da página aberta, para continuar acessando-se mais crônicas anteriores).

 

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