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Estaria um vírus brasileiro a caminho??!!

Agroecologia: uma alternativa eficaz para evitar novas pandemias. (Segunda parte)

Agroecologia: uma alternativa eficaz para evitar novas pandemias. (Segunda parte).
Estaria um vírus brasileiro a caminho??!!

Dando-se continuidade ao que foi desenvolvido na matéria anterior, intitulada:
Agroecologia: uma alternativa eficaz para evitar novas pandemias”.
https://www.agazetadelavras.com.br/agroecologia-uma-alternativa-eficaz-para-evitar-novas-pandemias/

E para fundamentar-se cientificamente, tudo o que será dito nesta matéria e nas próximas, buscando-se evitar debates ideológicos inúteis, estúpidos, idiotas e imbecis, convido a tod@s @s leitor@s a acessarem a recentíssima reportagem:
Relatório da ONU defende abordagem que une saúde humana, animal e ambiental para evitar futuras pandemias.
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/relatorio-da-onu-defende-abordagem-que-une-saude

Segundo esse relatório: “A tendência crescente de doenças zoonóticas é impulsionada pela degradação ambiental – como a degradação da terra, a exploração da vida selvagem, a extração de recursos naturais, as mudanças climáticas e outros fatores“.

O relatório alerta para “o surgimento de novos surtos de doenças zoonóticas caso governos não tomem medidas para impedir a disseminação. O estudo também faz dez recomendações para evitar futuras pandemias”.

Aproveitem o assunto, e vejam também, a matéria correlata, de Camilla Veras Mota, da BBC News Brasil em São Paulo, de 18/02/2022, intitulada:
“Com avanço do desmatamento, animais do Cerrado e da Amazônia perdem até 90% do habitat”.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60435369

Essa matéria, cruzou os mapas do desmatamento da Amazônia e do Cerrado até 2019, com os mapas de ocorrência de espécies ameaçadas ou que vivem em áreas restritas, para entender como a perda da vegetação nativa afeta essa biodiversidade.

E após estas citações e sugestões de interações atualizadíssimas, creio ser importante também, lembrar a primeira parte desta série, publicada na semana anterior, sobre explanação denominada: “Quebra de Barreiras, onde afirmamos o seguinte:
A atual pandemia de Covid-19 começou com um fenômeno natural denominado “Quebra de Barreiras”. Assim também surgirão as futuras pandemias”.

E em seguida, explicamos que:
“Muitos vírus que sempre sobreviveram equilibradamente em animais silvestres estão, atualmente, migrando de ecossistemas perfeitamente harmoniosos, como os biomas que foram depredados e/ou destruídos pelo desenvolvimentismo insustentável.”

As contínuas e crescentes agressões ao meio ambiente nativo, causadas pelo desenvolvimentismo lucrativo inconsequente, unicamente comercialista – tais como desmatamentos, queimadas, garimpos, mineração, poluição das águas, exploração imobiliária, adoção de monoculturas e pastagens extensivas, exploração de grutas e cavernas, e outras ações humanas predatórias – fazem com que aqueles animais silvestres, hospedeiros naturais dos vírus, com quem sempre conviveram equilibradamente, tenham seus predadores diminuídos e, até mesmo, extintos.

Mas os vírus estão migrando, e para onde??!! Migrando para nós, os seres humanos!!! Acontece que, quando estimulados, os vírus, para sobreviverem, podem adaptar-se geneticamente em seres humanos, que lhes servem de novos hospedeiros, infectando, assim, pessoas e populações, em escalas cada vez mais crescentes”.

E continuando agora, como segunda parte da matéria, consideraremos, também, os contínuos noticiários amplamente documentados, sobre as constatações de agressões ambientais praticadas sistematicamente nos biomas nacionais, especialmente na Amazônia e Cerrado, e que nos fizeram ligar o sinal de alerta, felizmente ainda amarelo:

“Estaria um vírus brasileiro a caminho??!!”

Esta preocupação, com advertência explicita, tem base nas seguintes constatações, enumeradas progressivamente, a partir da primeira parte desta série:

1- Os vírus são os seres vivos mais abundantes da natureza e estão presentes em todos os ecossistemas do planeta. No Brasil, a Amazônia é considerada o habitat natural da maior diversidade de vírus do mundo, que sempre sobreviveram em perfeita harmonia com a flora e fauna nativas, naturais e residentes, sem nenhum problema de coexistência infecciosa.

2- Quando os animais hospedeiros de algum tipo de vírus (conhecido ou desconhecido), com os quais convivem simbioticamente em harmonia na natureza, têm seus habitats alterados, modificados, diminuídos ou extintos, concomitantemente com seus predadores, também, diminuídos ou extintos; são, então, imediatamente, forçados a buscarem novos habitats para sobreviverem, carregando consigo (de carona), os vírus hospedados.

2.1- Acontece que, nos novos habitats, sem predadores suficientes, estes hospedeiros de vírus se reproduzem descontroladamente, e consequentemente, suas populações de vírus hospedados, se reproduzem descontroladamente também.
E estando em novo habitat, hospedeiros e hospedados buscarão adaptarem-se à nova realidade ambiental, cada um ao seu modus-vivendi e modus-operandi genéticos.

2.2- A grande ameaça é essa readaptação do vírus à essa nova realidade ambiental.
Tanto para continuar hospedado no seu hospedeiro tradicional, como para hospedar-se em um novo hospedeiro eventual, os vírus podem desencadear mutações genéticas surpreendentes, porém perigosas para os demais seres vivos, especialmente os seres humanos.

A este fenômeno natural, porém maléfico, denominou-seQuebra de Barreira“, e foi amplamente esclarecido na publicação anterior.

2.3- E se os vírus adaptarem-se em insetos potencialmente vetores, como os mosquitos?
Esses mosquitos contaminados transportarão suas cargas virais infecciosas para os seres humanos.
É o que ocorreu com: Zika, Dengue e Chikungunya.
É o que acontece com a Malária, Febre Amarela e Leishmaniose.

2.4- E se os vírus adaptarem-se geneticamente aos seres humanos?
Têem-se então as epidemias, e pior, as pandemias.
É o que ocorreu com: Ebola, HIV/Aids, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), Febre do Nilo Ocidental, Febre do Vale Rift.
É o que acontece com a Covid-19.

3- “A ciência é clara ao dizer que, se continuarmos explorando a vida selvagem e destruindo os ecossistemas, podemos esperar um fluxo constante de doenças transmitidas de animais para seres humanos, nos próximos anos”, afirmou a Diretora Executiva do PNUMA/ONU/Environment Programm, Inger Andersen.

3.1- Muitos pesquisadores brasileiros, afirmam categoricamente, que, partes do bioma amazônico já emitem mais carbono do que o removem da atmosfera, devidos aos desmatamentos, queimadas e mudanças climáticas.

3.2- Em entrevista para a National Geographic, em julho de 2021, Luciana Gatti, coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa, do Inpe, afirmou (sic):
Abrir mais áreas para a agropecuária não se traduz em aumento de produtividade, uma vez que o agronegócio no Brasil só é rico devido às chuvas abundantes proporcionadas pela floresta amazônica”.
“Os pecuaristas e agricultores ainda não entenderam que destruir a Amazônia é um tiro no pé, porque nós estamos plantando seca. Se mais área para plantar significa desmatar, haverá menos chuvas e temperaturas mais altas, reduzindo a produtividade”.

3.3- Sobre a atividade de mineração, também, sempre descontroladamente, crescente na Amazônia, segundo os especialistas, a área desmatada pode até sugerir poucos danos ambientais, mas a atividade de mineração é extremamente agressiva para qualquer tipo de bioma.
Haja vista a recorrente questão do mercúrio nos mananciais nativos afetados direta e indiretamente, e suas consequências catastróficas para a saúde das pessoas, dos animais e do próprio meio ambiente em si mesmo.

4- Lembrem-se sempre de que: proteger, cuidar, conservar e preservar a natureza, o meio ambiente, os ecossistemas, os biomas e todas as biodiversidades é contribuir para a vida sem pandemias. E já são amplamente conhecidas e temidas, as doenças recorrentes, desencadeadas devido ao descuido, descaso e predações ambientais:

 

4.1- Doenças transmitidas pelo ar contaminado:
Asma. Rinite. Pneumonia. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Tuberculose. Câncer de pulmão. Intox. Exógena.

4.2- Doenças transmitidas pelo solo contaminado:
Ancilostomíase. Ascaridíase. Larva migrans. Tétano. Tungíase. Esporotricose. Paracoccidioidomicose.

4.3- Doenças transmitidas pela água contaminada:
Diarreia por Escherichia coli. Amebíase. Cólera. Leptospirose. Disenteria bacteriana. Hepatite A. Esquistossomose. Febre tifoide. Ascaridíase. Rotavírus. Toxoplasmose. Intox. Exógena.

Continuaremos na próxima semana. Não percam.
(Acessem as crônicas anteriores, clicando na franja “Blogs e Colunas“, acima do título da matéria atual. Em seguida, pode-se clicar na franja “Próxima página >“, no rodapé da página aberta, para continuar acessando-se mais crônicas anteriores).

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