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Jovem negro vítima de acusação falsa de furto no Leblon

'É um problema enraizado', diz jovem negro vítima de acusação falsa de furto no Leblon.

As vezes de forma velada, e outras de forma escancarada, o racismo esta enraizado na sociedade, e infelizmente ainda veremos muitos casos parecidos, é preciso que a sociedade enfrente de frente e a partir disto repense valores e o direito de quem quer que seja, ter o que quiser, poder ir e vir de onde quiser, sem ser questionado o porque de estar ali, e de quem é isso ou aquilo, ou pior ainda como vimos, se realmente é proprietário de algo.

Os fatos denunciados nas mídias vem mostrado ao invés de uma melhora em certos aspectos da sociedade onde as minorias tem tido uma certa ascensão, um outro lado, o lado destas pessoas terem que provar ao usar um bem ou querer um serviço, se realmente são proprietários, e se podem consumir ou estar em determinados locais.

No dia a dia, os negros muitas vezes não são reconhecidos como protagonistas e pessoas vencedoras, muitas pessoas na sociedade não enxergam os negros como empresários, profissionais das mais diversas áreas, e isto não acontece só entre anônimos, em um vídeo do Cortes do Flow, o ator Babu Santana “video completo no final da matéria”, conta que na estréia de um dos seus filmes, onde era protagonista, ao chegar na entrada do local foi barrado, e quase não pode entrar no evento, sendo permitido apenas após outro segurança dizer que ele era amigo de uma terceira pessoa, um absurdo, na ocasião o ator que estava acompanhado de outro amigo, não botou a casa a baixo, por conta deste amigo lembrar que aquela era uma ocasião especial, onde ele mesmo a contragosto de muitos, era a estrela maior.

E é assim, principalmente os negros, forjados nas batalhas do dia a dia, ao chegar no “topo” onde seriam reconhecidos são desacreditados, mas a força que esta no interior de cada um, os faz mais forte, e é preciso que quando um ato ou acontecimento como este ocorra, seja divulgado, mostrando a sociedade não o preconceito, mas dar enfase no lado certo, no caso o instrutor de surf Matheus Ribeiro, 22, jovem negro, estudante de educação física em uma universidade particular carioca, que mesmo com as dificuldades vem trabalhando e progredindo, e que será um exemplo para outros, que não se calam diante de abusos, que denunciam e mostram que as coisas precisam e vão mudar.

Veja o vídeo publicado na página do Instagram.


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O instrutor de surf Matheus Ribeiro, 22, jovem negro que revelou ter sofrido uma falsa acusação de furto de uma bicicleta elétrica no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, quer que o caso sirva de exemplo para que outras vítimas denunciem atos de racismo.

 “Isso não é um problema pessoal. É um problema que está enraizado na sociedade”, disse o instrutor em entrevista ao RJ2 (Globo), nesta terça-feira (15).

Matheus esperava a namorada em frente a um shopping, no sábado (12), Dia dos Namorados, quando um casal formado por dois jovens brancos o acusou de ter pego a bicicleta da moça.

Segundo o instrutor de surf, apesar de mostrar fotos antigas em que aparece com a bicicleta, que é dele, o jovem que fez a acusação pegou o cadeado, tentou abrir e, ao não conseguir, percebeu o engano e disse que estava apenas perguntando, sem fazer acusação.

Casal que acusou o Instrutor de roubo

Ribeiro publicou um vídeo da parte final da conversa nas redes sociais e o caso ganhou grande repercussão.

Para ele, é importante que outras histórias também tenham destaque. “Eu não quero dar ênfase só para o meu caso”, afirmou. “Toda vez que acontecer isso com algum negro, que ele se sinta forte o suficiente para denunciar, para botar a cara, para mostrar e falar que isso não é certo. A gente não vai aceitar isso”.

Nascido no complexo da Maré, na zona norte carioca, Ribeiro estuda educação física em uma universidade particular. Ele passa a maior parte da semana em Copacabana, na casa da namorada.

A situação vivida pelo instrutor de surf motivou várias reações, como a da deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ). “Preto pode ter o mesmo que você, se liga racista”, ela disse.

“O racismo obriga o negro a viver preparado para o pior, sempre tendo que se explicar. É revoltante ser sempre o suspeito aos olhos dos racistas”, afirmou o deputado federal Orlando Silva (PC do B).

O instrutor registrou um boletim de ocorrência sobre a falsa acusação e o caso é investigado pelo 14º Distrito Policial.

Instagram Matheus Ribeiro


 

+1 Caso caso de racismo

YouTuber Filipe Ferreira

Em maio, o youtuber Filipe Ferreira, também um jovem negro, foi abordado pela Polícia Militar de Goiás enquanto gravava um de seus vídeos sobre treinos e manobras na bicicleta.

Com a arma em punho, um dos policiais mandou ele descer da bicicleta, sem nenhum motivo aparente. O ciclista questionou e obteve como resposta gritos e uma arma apontada para ele.

Nas redes sociais, Filipe disse não ter entendido o motivo da abordagem aos gritos e com a arma voltada para ele.

“Fiquei me perguntando se eles me abordaram por conta da minha pele ou se realmente tinha feito algo”, escreveu.

Acompanhe a matéria completa.

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Filipe Ferreira


Vídeo do Babu Santana barrado na estreia de seu filme:
Cortes do Flow


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