
Diálogos fortuitos entre o mito e a filosofia, mediados pelo simulata pensador e pretentious philosophus Gylvaresthamar (Sexta parte)
Sexta parte
Palavras, metaproféticas, anarquistas, atrevidas, porém, socioambientalmente sustentáveis, by //job t, do simulata pensador e pretentious philosophus, Gylvaresthamar.
Auto intitulado {
Com antonomásia “Gymha”, para seus alucinantes “Vergymhasículos §”
Lembramo-nos de que, o capítulo anterior (Quinta parte, vergymhasículo §5) foi encerrado da seguinte maneira:
“Amém ECOTEOLOGIA. Seja bem-vinda!!”
https://www.agazetadelavras.com.br/amem-ecoteologia-seja-bem-vinda/
E, conforme anunciamos anteriormente, informaremos repetidamente, como fundamentação pétrea para nossas assintóticas (e acintosas também) divagações, que, o “arqué” proposto por Gymha é: “ignorância“.
(Eu não sei nada. Ninguém sabe nada. Ninguém jamais soube alguma coisa. Ninguém jamais saberá coisa alguma. Tudo é uma grande “chutação” recorrente).
Vergymhasículo §6
Pitágoras defendeu e manteve os argumentos místicos no seu “logos“, como a Metempsicose. Platão também citou este evento.
Já os filósofos estoicos: Demócrito, Leucipo, Epicuro e Lucréscio, se opunham a qualquer proposta de continuidade da matéria. Debates que se seguiriam até os dias atuais.
Demócrito e Leucipo propuseram e desenvolveram o “atomismo“, em que a realidade consistiria em um número infinito de átomos que sempre existiram, e se conectam. Nascia a Física Atômica.
Heráclito adotou o fogo como arqué, por simbolizar o caráter dinâmico da realidade, e defendeu a ideia do “Mobilismo“, em que a realidade natural se caracterizava pelo movimento continuado.
Você já ouviu falar na teoria dos apostos? Ou seja: Quente e frio. Claro e escuro. Vida e morte. Noite e dia. Bem e mal etc…etc…Pois é!! Heráclito discursava que a realidade é marcada pelos conflitos entre os opostos, e isso era a garantia do equilíbrio universal.
Parmênides fundador da escola eleática (cidade de Eléia), juntamente com Zenão e Melisso de Samos.
Como “Monísta“, se opunha ao Mobilismo de Heráclito, e defendia a realidade única pelo pensar, e não pelo opinar.
Para ele, a realidade é única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio e sem fim, contínua e indivisível. Assim, defendeu a distinção entre realidade (pensar) e aparência (opinar). Inaugurou com isso, a Metafísica, para pensar o ser.
Considerando que para Parmênides, o ser é um, imperecível e indivisível, por isso esférico, ou seja, tudo o que existia possuía o “ser” dentro de si. Assim, o que existe, ou seja, que possui o ser, pode ser pensado e anunciado. “O ser é e o não ser não é”, dizia ele (fundamentos da ontologia)..
Como voluntário do SVV de Lavras (Serviço de Valorização da Vida, agora extinto), aprendi que “algumas coisas nós contamos para os outros, outras coisas nós contamos só para nós, e muitas coisas nós não contamos nem para nós”.
E, para sua cabecinha não pirar, reveja:
“O micro momento positivo”
https://www.agazetadelavras.com.br/o-micro-momento-positivo/
Mas, para sua cabecinha pirar de vez, Gymha sugere a releitura de uma de suas obras mais confusas da paróquia:
“A Terra é o centro do universo. O universo nunca teve origem e nunca terá fim”
https://www.agazetadelavras.com.br/a-terra-e-o-centro-do-universo-o-universo-nunca-teve-origem-e-nunca-tera-fim/
Melisso, ou Melisso de Samos, porque nasceu na ilha de Samos, no mar Egeu. Foi militar, político, poeta e filósofo. O ser é eterno, imutável, atemporal, e incriado. O ser não pode ter limites nem no tempo nem no espaço. Se o ser fosse finito ele teria que fazer limite com o vazio, o vazio é um não ser e é impossível que o ser seja limitado pelo não ser. Vixe…!!! e mais essa: O que é não pode ter começo.
Zenão. Os paradoxos de Zenão.
Discípulo de Parmênides, argumentava utilizando-se de paradoxos para criticar as proposições das quais discordava. O objetivo era reduzir ao absurdo, aquelas teses apresentadas, das quais discordava.
Deste modo, ele não pretendia refutar direto as teses que combatia, mas sim, mostrar os absurdos e a falsidades destas teses.
Atribui-se a Zenão, a versão da corrida imaginária, disputada entre Aquiles e uma tartaruga. Como a velocidade de Aquiles é evidentemente maior que a da tartaruga, esta recebeu uma vantagem, à frente da linha de largada, começando a corrida a uma certa distância, à frente de de Aquiles.
E Zenão afirma que Aquiles nunca ultrapassará a tartaruga, pois quando ele chegar à posição inicial da tartaruga, esta já encontrar-se mais a frente. Quando Aquiles chegar à nova posição, a tartaruga não estará mais lá, também, uma vez que avançou para outra nova posição adiante, e assim sucessivamente, até o infinito.
Ou seja, para Zenão (e outros), o movimento percebido é apenas aparência, um aspecto superficial da realidade, e, por isso, os sentidos não podem ser considerados instrumentos adequados para o conhecimento verdadeiro. Para quem gosta de um bom debate, a web está repleta de pós e contras aos paradoxos de Zenão.
Eu, muito cedo, também aprendi um, bem interessante: “Quantos pulos terá que dar um coelho, para alcançar uma bela cenoura colocada à sua frente, considerando-se que, a cada pulo à frente do fofinho, metade da distância coelho/cenoura é vencida??!!
Sugestão: Supor que a distância inicial coelho/cenoura seja um metro”.
Solução:
Em uma noite bem fria, acenda uma lareira à lenha. Abra um magnífico vinho tinto encorpado, de excelente bouquet. Ponha música clássica no sistema de som. Reúna familiares, amigos sinceros, não spoilers. (Me convide também).
Abra a tertúlia, com a leitura do seguinte texto de Eclesiastes 9×8-10:
{8Estejas sempre vestido com roupas brancas, com trajes de festa, e nunca deixes de ungir a tua cabeça com o óleo santo. 9Desfruta a vida com a mulher amada em todos os dias desta vida paradoxal que Deus te concede debaixo do sol; uma vida ilusória e sem sentido! Pois essa é a tua recompensa na vida pelo teu árduo trabalho debaixo do sol. 10Sendo assim, tudo quanto vier à mão para realizar, faze-o com o melhor das tuas forças, porquanto para o Sheol, a sepultura, para onde vais, não há atividade, trabalho, reflexão, planos, conhecimento, saber, nem nada..}.
Se não encontrarem respostas, sejam então o vinho, a lareira, o som, e o papo, todos muito bem apreciados, até as últimas consequências do Sheol, ou do raio-que-os-parta.
Mas, lembrem-se de brindarem ao Gymha, pelo seu modestíssimo, humílimo, humilíssimo, porém, magnífico, espetacular, incrível, esfusiante e devastador arqué: “ignorância“.
Continuaremos na próxima semana. Não percam.
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